quarta-feira, 18 de junho de 2014

Artigos do Elfo - Gnomos de Eberron - História e Introdução

Esta é uma serie de artigos sobre o cenário de Eberron de autoria da enciclopédia humana autodenominada Elfo. O Elfo é um usuário antigo da Spell RPG.


Os textos são leves e bem humorados, trazendo bastante informação útil sobre o cenário de Eberron. O artigo a seguir abordará noções introdutórias sobre a historia dos gnomos.

Gnomos de Khorvaire I - Estereótipos e História

Antes de falar sobre os Gnomos de Eberron, é bom prestar atenção em alguns detalhes. Primeiramente, esqueça a maneira como gnomos são retratados em outros cenários de fantasia. Apague toda e qualquer memória que tenha de Lantan de Fâerun ou do Mount Nevermind de Krynn. Agora abra o Livro do Jogador 3.5 e veja que Gnomos tem o Bardo como classe favorecida. Aproveite e ignore todos os estereótipos idiotas que envolvem o Bardo. Veja o Bardo não como um bufão idiota, mas sim como alguém versátil, interessado em compreender e utilizar quase toda ferramenta disponível, que vai atrás de informações e segredos onde menos se espera e que é dotado e uma habilidade de manipular seus sentimentos e os de outrem tão fácil quanto respira. Um Guerreiro pode ter uma espada encantada como sua melhor arma, mas um Bardo que se preze tem o Guerreiro como sua arma. Porque escrevi sobre um assunto que não parece ligado á raça? Porque em Eberron, a sociedade dos gnomos pode ser vista como uma sociedade de Bardos – em seus aspectos gentis e sombrios.

Isso não é um gnomo eberroniano.
A origem da raça remonta ao plano de Thelanis, também chamado de Agrestia das Fadas (Feywild) na transição para a 4e. Os gnomos eram um grupo de fadas que imigraram para a região sul de Khorvaire quando o plano estava ligado á Eberron, em algum momento antes de nove milênios atrás, quando ocorreu a Invasão Daelkyr e sua expulsão pelos Guardiões dos Portões (Gatekeepers). Os primeiros relatos sobre o povo gnomo vieram de goblins do Império de Dhakaan (a grande civilização que dominava Eberron anteriormente á ascensão e conquista humana – a decadência de Dhakaan está mais ligada á Invasão Daelkyr, mas os reinos descendentes de Dhakaan só caíram três ou quatro milênios depois da Invasão), que descreviam os gnomos como uma forma degenerada de homens-ratos, altamente unida em grupos familiares e extremamente curiosos e investigativos. Era um grupo primitivo, vivendo em montanhas e na região costeira do Mar dos Trovões (Thunder Sea) e não raramente, eram usados como escravos.

Já esses, são. Terrivelmente educados, preparados para qualquer situação.
Contudo, o declínio da cultura Dhakaan deixou diversas cidades abandonadas – e os curiosos gnomos rapidamente passaram a viver em meio a essas ruínas e aprenderam muito com o que fora deixado pelos goblinóies de Dhakaan e talvez mesmo com os invasores extraplanares de Xoriat – algumas sub-raças de gnomos em D&D 3.5 aparentavam ser tocadas por Xoriat. Com o aumento da população e do conhecimento e riquezas acumulados pela raça, três grandes cidades relativamente independentes emergiram: Trolanporto (Trolanport), Korranberg e Zolanberg. 

Quando conquistadores humanos como Malleon e Lhazaar apareceram em Khorvaire, ao invés de combaterem com os gnomos, acabaram se aliando com os mesmos. A lógica dos gnomos aqui é bem simples, para que combater quem está disposto a se aliar com você? Isso data ao redor de três milênios antes do tempo atual do cenário.

Nessa mesma época, um pesquisador gnomo chamado  Dorius Alyre ir'Korran funda a grande Biblioteca de Korranberg, a maior instituição dedicada ao acúmulo e preservação do conhecimento em Khorvaire. Ao redor da mesma época a Casa Sivis começa a se formar e serve tanto de modelo de organização como grande incentivadora na união e formação das Casas Marcadas pelo Dragão.

Biblioteca de Korranberg.
A ameaça de Karnn, o Conquistador, um dos poucos não inclinados a negociar com as cidades gnômicas, fez com que Trolanporto (Trolanport), Korranberg e Zolanberg se unissem para formar a nação de Zilargo (Terra dos Sábios, no idioma gnomo), que resiste aos ataques de Karnn. Um milênio depois, Zilargo se “une” a primeira nação humana unificada, chamada Galifar (na verdade, conflitos ocorreram, mas a habilidade ímpar em negociatas e diplomacia do povo gnomo não só permitiu que Zilargo se mantivesse relativamente independente dentro de Galifar como desfrutasse de sua proteção). Nesse mesmo período de tempo (ao redor do ano 1 de Galifar), os gnomos na Agrestia das Fadas (o plano na qual os gnomo se originaram) fundam sua primeira cidadela feérica, chamada de Pyras Pyrial. A mesma habilidade diplomática que envolveu toda existência do povo gnomo permitiu que Zilargo escapasse não só quase não afetada pela Última Guerra como recuperasse sua independência formal com o Tratado de Thronehold.

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